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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

João Nogueira - Wilson, Geraldo, Noel (1981).









Admirador de Wilson Batista, Geraldo Pereira e Noel Rosa, o mestre João gravou em 1981, o disco, Wilson, Geraldo, 
Noel  o primeiro  disco no qual não cantou composições de sua autoria, limitando-se  muito honestamente e genialmente a interpretar os autores que exerceram influência sobre seu trabalho. Atenção especial a todas as músicas! afinal, o disco é sobre os três maiores e pesados compositores da MPB, mas, a minha preferência é pelas músicas, Um Louco (ela é seu mundo),  de Wilson Batista,  O maior castigo que te dou, Noel Rosa, Largo da lapa, Wilson Batista e De babado, Noel rosa. A canção é um dueto com Alcione  que surpreende ao ouvinte, pois diferente de hoje estava com a voz limpa e generosamente forte.

Apreciem, Wilson, Geraldo, Noel, 1981.



Tracklist
1- Louco (Ela é seu mundo) (Henrique de Almeida, Wilson Batista)
2- De babado (João Mina, Noel Rosa)
3-  Bolinha de papel (Geraldo Pereira)
4- Você vai se quiser (Noel Rosa)
5-  Você está sumindo (Jorge de Castro, Geraldo Pereira)
6- O maior castigo que eu te dou (Noel Rosa)
7-  Samba no Meyer (Dunga, Wilson Batista)
8- Positivismo (Noel Rosa, Orestes Barbosa)
9-  Pedro do Pedregulho (Geraldo Pereira)
10-  Esta noite eu tive um sonho (Wilson Batista, Moreira da Silva)
11-  Largo da Lapa (Marino Pinto, Wilson Batista)
12-  Feitio de oração (Vadico, Noel Rosa)

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Um comentário:

Anônimo disse...

Alcione, aos 65 anos, não tem mais a extensão vocal de grande tessitura que possuía quando estava na faixa dos 30/40 anos, época em que, mesmo sendo contralto, alcançava notas altíssimas. A emissão, de fato, não está mais "limpa" como foi dito na resenha, muito embora seu timbre sempre fosse um tanto velado, característica que chamou a atenção do famoso maestro francês Paul Mauriat, que compôs em homenagem à cantora a belíssima música “Sabiá Marrom”.

O tempo é realmente implacável para todo o profissional do canto e Alcione não é a única da sua geração cuja voz sofreu com os efeitos dele. Vou a muitos shows de diversos artistas e constato isso com frequência. Entretanto, se por um lado seus agudos hoje estão mais rascantes, seus graves estão ainda mais belos e encorpados. Se a potência de sua voz não é igual a de outrora, ainda assim impressiona e deixa no chinelo a da grande maioria das jovens cantoras que surgem aos montes nos mais diversos gêneros, incluindo o samba. Aliás, a assinatura que a Marrom apensa àquilo que canta é hoje artigo de luxo. Muitas das atuais cantoras (mesmo as mais reverenciadas) precisam de legenda associada à voz para que o público identifique quem está cantando. Parecem todas saídas da mesma forma, fabricadas em série.

Em “De babado”, Alcione mostra uma das muitas facetas do seu canto plural, esbanjando musicalidade com irresistíveis e surpreendentes “scats” para o samba de Noel. Sem contar que a sua voz timbra lindamente com a voz aveludada do grande e saudoso João Nogueira.

Bela gravação. Para mim, que sempre acompanhei de perto a dupla, não há surpresa nenhuma.


Visito pela primeira vez seu Blog. Parabéns!!


Rurik Varda / São Paulo